A Lei Brasileira de Inclusão (LBI), Lei Federal 13.146/2015, trouxe um avanço importante ao determinar que as salas de cinema ofereçam recursos de acessibilidade em todas as sessões. Isso inclui a oferta de legendas descritivas, LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais), e audiodescrição para garantir que pessoas com deficiência auditiva ou visual possam aproveitar a experiência cinematográfica. Mas como funciona essa acessibilidade e quais são as salas em Goiânia que oferecem esses recursos?
A legislação e a normativa da ANCINE
A LBI prevê que todas as salas de cinema devem disponibilizar recursos de acessibilidade. A Normativa 128 da Agência Nacional do Cinema (ANCINE), atualizada pela Normativa 148/2019, detalha essas obrigações. Segundo a norma, os produtores dos filmes são responsáveis por criar os recursos de legendagem, audiodescrição e LIBRAS, enquanto os cinemas têm a responsabilidade de disponibilizá-los.
Os recursos de acessibilidade devem ser oferecidos em uma “modalidade fechada individual”, ou seja, por meio de dispositivos que permitem o acesso individual dos espectadores. Isso significa que, ao solicitar na bilheteria, a pessoa com deficiência pode utilizar um equipamento que exibe legendas ou a interpretação em LIBRAS de forma sincronizada com o filme.
Acessibilidade no cinema em Goiânia: quem oferece?
Em Goiânia, alguns cinemas já se adaptaram à legislação e oferecem tecnologias assistivas para que todos possam desfrutar da sétima arte de maneira inclusiva. As sessões no Kinoplex, por exemplo, trazem a possibilidade de inclusão por meio do aplicativo MovieReading, desenvolvido em parceria com a Iguale Comunicação de Acessibilidade. Com o app instalado no próprio celular, os espectadores podem acessar legendas descritivas, LIBRAS e audiodescrição diretamente em seus smartphones. As redes Cinemark e Cinépolis também oferecem recursos parecidos, mas todos dependem de um próprio aparelho celular do usuário.
Desafios e perspectivas
Embora a tecnologia de acessibilidade seja um passo importante, ela também apresenta desafios, como o esforço visual adicional para aqueles que precisam alternar o foco entre a tela do cinema e o dispositivo de legendagem. Muitas pessoas relatam desconforto ao utilizar esse tipo de tecnologia, o que levanta questões sobre a melhor forma de oferecer acessibilidade sem sacrificar a qualidade da experiência. A ANCINE reconhece esses desafios e permanece aberta a sugestões para aprimorar a normativa, tornando a experiência cinematográfica mais inclusiva e agradável para todos.
O Dia do Cinema Nacional é um lembrete da riqueza cultural do cinema brasileiro e da importância de torná-lo acessível para todos. Que tal ir experimentar as opções de acessibilidade com uma pipoca e um bom filme nacional em cartaz?